O Censo da Educação Superior é hoje um dos melhores retratos do estado da educação superior no país. A partir deles é possível pensar em políticas públicas que fortaleçam as universidades e a pesquisa. O Observatório do Conhecimento publica esta semana uma série de reportagens sobre os resultados do último Censo da Educação e os desafios que seus resultados apresentam para a reconstrução do ensino e pesquisa no Brasil.
As desigualdades socioeconômicas no espelho do Censo
Para acompanhar a meta 8 do Plano nacional de Educação, que pretende elevar a escolaridade da população de 18 a 29 anos a 12 anos até 2024, o Censo apresenta a escolaridade desse grupo por segmentos. A disparidade começa aqui. Os 25% de maior renda têm em média 13,4 anos de estudo, contra 10,4 anos dos 25% de menor renda.
Há disparidade também entre pessoas brancas, que têm em média 12,3 anos de estudo e pessoas pretas ou pardas, com 11,2 anos. O mesmo se repete entre a população urbana (11,8 anos) e rural (10,2).
“Essas diferenças são um reflexo de uma disparidade socioeconômica que já existe no Brasil. São dados que não surpreendem, pelo contrário, explicitam as lacunas que existem no Brasil entre segmentos da população”, explica a cientista política e professora da UFRJ Mayra Goulart, coordenadora do Observatório do Conhecimento.
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