O vereador afirmou que “esses professores” que utilizam a Tribuna são de “baixo nível”, “têm discursos hipócritas”, “fazem militância em sala de aula” e “defendem bandeiras a favor das drogas e do desencarceramento em massa”. Entre as inúmeras ofensas no sentido de desqualificar as/os docentes da UFSCar, afirmou ainda que as/os professoras/es da Universidade “não dão aula e não trabalham”.
É lamentável que um representante do povo usufrua do valioso dinheiro público e de seu tempo de fala para proferir inverdades e fazer ataques infundados às/aos professoras/es, à Universidade, à UFSCar e ao movimento sindical.
A ADUFSCar, entidade que defende professoras e professores do magistério público federal, tem 46 anos de história e é referência para o movimento sindical docente no país. Consolidou-se como uma entidade combativa na defesa dos direitos de docentes da UFSCar e do Instituto Federal de São Paulo (campus São Carlos), bem como na luta pela educação pública, gratuita, laica, inclusiva e de qualidade socialmente referenciada, tendo participação efetiva na defesa do Estado Democrático de Direito nos mais importantes momentos da história recente do país.
A ADUFSCar não faz “politicagem”, como o vereador afirmou várias vezes. A ADUFSCar se posiciona, sempre firmemente, na defesa inegociável da democracia e dos valores republicanos. Nesse sentido, exerceu o papel que lhe cabe de alertar a comunidade universitária e a sociedade são-carlense sobre o equívoco que supõe conceder ao ex-presidente Jair Bolsonaro o título de “Cidadão Honorário” da cidade. Esse é o trabalho do movimento sindical, esse é o trabalho da ADUFSCar, e ele continuará sendo realizado, como deve ser.