A reeleição da MAIS ADUFSCar e a continuidade do projeto de sindicato que representamos para o biênio 2023-2025 nos mostrou, mais uma vez, a importância da união em torno do combate a posições antidemocráticas que, infelizmente, ainda persistem em alguns espaços da nossa sociedade.
Para esse biênio, a nova diretoria acredita que tem quatro grandes tarefas para este próximo mandato: 1) a finalização do processo de regularização jurídica e reativação da ADUFSCar Seção Sindical, tal como aprovado em AG, após um processo de mais de 10 meses de discussão e com a deliberação tomada pela categoria por meio de votação eletrônica que contou com 791 votantes; 2) uma atuação mais direta e incisiva sobre questões relacionadas ao adoecimento da categoria docente, em especial na saúde mental, pois temos como urgente a construção e implementação de políticas efetivas por parte da Universidade; 3) a reforma da sede administrativa no campus de São Carlos, a reforma da sede de Araras e a construção do anexo em Sorocaba; 4) a luta pela promoção da equidade, em particular pela igualdade de gênero, pela paridade e pela implementação da lei de cotas nos concursos.
Na conjuntura nacional, a eleição de Lula e a derrota de Bolsonaro foram as maiores vitórias do Brasil depois do período de 2016 a 2022. Mas este é um governo em disputa, com o chamado “centrão” forçando todo tipo de arranjo para impor as pautas neoliberais antipovo. Talvez o exemplo mais claro disso tenha sido a aprovação do “arcabouço fiscal”.
Por isso, os movimentos sociais, estudantis e sindicatos tem um papel fundamental que é o de pressionar o Governo Federal para que cumpra seu programa progressista e avance nas políticas sociais e na defesa dos direitos de toda a população.
Recentemente, tivemos mais alguns avanços: a aprovação da lei de igualdade de salários para homens e mulheres exercendo as mesmas funções; a derrota do Marco Temporal e; o voto favorável da ministra Rosa Weber pela descriminalização do aborto. O combate ao racismo estrutural e ao patriarcado se fundem na nossa tarefa atual de pressionar para que uma ministra mulher e negra seja indicada por Lula para o STF.
No próximo período, temos que ter Bolsonaro na cadeia (a inelegibilidade não basta!) e impedir a anistia aos que orquestraram e/ou participaram da tentativa de golpe de 08 de janeiro.
No Estado de São Paulo, o governo de Tarcísio Filho se constitui num espaço de articulação política da extrema-direita que precisamos combater em unidade com movimentos, setores e entidades parceiras como a ADUSP e a ADUNICAMP. Entre outras violências e atrocidades que esse governo tem produzido em SP, está o aumento da violência contra a mulher, que bateu recordes no primeiro trimestre de 2023. Por isso é tão importante nos mantermos ativas e firmes na defesa das pautas e da defesa dos movimentos feministas, antirracistas e LGBTQIAPN+.
Temos também a luta contra a privatização e a mercantilização da Educação, em particular do Ensino Superior, a defesa da Educação Superior como direito, a revogação do Novo Ensino Médio (NEM) e da Base Nacional Comum de Formação de Professores (BNC Formação), e um novo Plano Nacional de Educação.
Para as servidoras e servidores federais, temos definidas como pautas prioritárias a luta imediata contra a PEC 32 e campanha por reajuste salarial: 9% em 2023 foi o começo; manter as MNPP para conseguir um plano de reajuste que dê conta de compensar as perdas de mais de 35% que vão se acumular quando terminarmos este ano; será mais um biênio de muito trabalho e muita luta.
Fernanda Castelano Rodrigues
Presidenta do biênio 2023-2025