De 10 a 13 de dezembro, docentes das universidades e institutos federais e Cefets farão uma jornada de mobilização para pressionar o governo federal pelo cumprimento dos termos do acordo resultante da greve realizada entre abril e junho deste ano. Embora alguns pontos já tenham avançado, até o momento o Executivo ainda não encaminhou projeto de lei ao Congresso Nacional com o reajuste negociado e que devem incidir sobre os salários de janeiro de 2025.

“Muito embora tenhamos uma série de conquistas resultantes da greve já implementadas, por parte do governo federal, com destaque para a instituição dos GTs e, fundamentalmente, para a política de progressões e promoções múltiplas, considerando o cumprimento do interstício para a efetivação desses nossos saltos na carreira como referência principal, é certo que o governo federal deveria ter tomado providências já quanto a uma série de aspectos para a garantia do nosso aumento na remuneração, previsto para janeiro de 2025”, reforça Gustavo Seferian, presidente do ANDES-SN.

Estão previstas atividades nos locais de trabalho nos dias 10 e 11, com a participação da categoria também nos atos convocados para esta terça-feira (10), em todo o país, contra a anistia aos envolvidos na tentativa de golpe contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva e em defesas das liberdades democráticas. No dia 12, quinta-feira, será realizada uma paralisação nacional de professoras e professores das instituições federais de ensino. Já no dia 13, a categoria deve acompanhar a reunião do grupo de trabalho do Ministério da Educação (MEC), que discute a regulação da atividade docente no Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT).

Conforme Seferian, a participação da categoria é fundamental o envolvimento da categoria na construção dessa importante agenda de mobilização. O presidente do Sindicato Nacional conta que o Setor das Ifes do ANDES-SN escolheu esta semana para a realização da jornada em razão dos atos já previstos para o dia 10.

“Essa semana foi assim escolhida em razão dos atos importantes que vêm se construindo em todo o país no dia 10 de dezembro, com vistas a buscar a responsabilização de todos que buscaram atentaram contra as liberdades democráticas do nosso país e promover golpes de Estado, sabendo que não há vez para novas ditaduras ou para uma recobrada institucional do neofascismo no Brasil. Desse modo, a agenda que se encadeou em ações nos locais de trabalho no dia 11; no dia 12 de dezembro, a realização de um dia nacional de paralisações e mobilização, com ações em Brasília; e no dia 13, a cobrança no curso da derradeira reunião do GT que trata dos professores e professoras da carreira EBTT, como uma importante agenda na construção dos nossos embates no ANDES-SN”, pontuou.