Na tarde desta segunda-feira (08), o Comitê Multicampi de Lutas, composto pelas entidades representativas da UFSCar (SINTUFSCar, DCE-Livre, APG e ADUFSCar) realizou o debate “A luta pela recomposição orçamentária: em defesa de um ensino público gratuito e de qualidade”. A atividade aconteceu no campus São Carlos e integrou a programação da Calourada 2023.
Representando a ADUFSCar, o prof. André Farias de Moura, diretor do Sindicato, destacou a importância discutir a recomposição, já que há um ou dois anos, a situação era de desmonte da universidade e sem perspectiva do que fazer já que qualquer manifestação era tratada pelo governo anterior com processos e perseguições. “Já vemos sinais positivos no horizonte, como por exemplo a recomposição de 9% no salário dos professores. Não chegou onde precisa, mas é um primeiro passo. Temos também a recomposição do orçamento das Universidades Federais, dos centros de pesquisa, como CNPQ, Finep, Capes, e o aumento de bolsas sendo anunciado”, comentou.
O professor André lembrou ainda, que tudo isso tem sido feito em cima de um orçamento herdado do governo Bolsonaro e que é preciso focar na Lei Orçamentária que será votada no meio do ano, para garantir que em 2024, mais recursos cheguem para as Universidades e Institutos Federais, não só para a manutenção institucional, mas também para garantir a permanência dos alunos na universidade. “Não basta colocar o aluno dentro da universidade. Ele precisa de apoio e estrutura para permanecer nela e a universidade tem que retomar e ampliar suas políticas de permanência. Não basta oferecer a cota social e não assegurar as condições de permanência”, enfatizou.