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Em AG, docentes aprovam encerramento da greve e retomada das atividades em 1º de julho

Em AG, docentes aprovam encerramento da greve e retomada das atividades em 1º de julho

Assembleia docente realizada hoje (25), nos quatro campi da UFSCar, definiu a saída da greve nacional da educação federal para a próxima segunda-feira, 1º de julho. Paralisada desde 06 de maio, a categoria avalia que teve conquistas nas negociações junto ao Governo Federal. 

Saída coletiva da greve nacional
Com a retomada dos tópicos que foram negociados por ANDES-SN e SINASEFE e aceitos pelo Governo Federal, a Assembleia da ADUFSCar realizada na manhã de hoje (25), que reuniu aproximadamente 150 docentes, deliberou pelo fim da greve na próxima semana, em consonância com o movimento nacional e após pactuação entre os comandos de greve locais das entidades  (SINTUFSCar, DCE Livre UFSCar e APG UFSCar). De acordo com a profa. Fernanda Castelano Rodrigues, presidenta da ADUFSCar, com relação às pautas orçamentárias, o que o governo nos apresentou era insuficiente, mas não há mais nenhuma perspectiva de avanço; com relação às pautas não-orçamentárias, houve significativas conquistas do movimento grevista.

No que diz respeito à mobilização e envolvimento da categoria, houve uma participação muito expressiva das/dos docentes, com ampla adesão das instituições de ensino federal, totalizando 62 universidades paralisadas, além de centenas de campi dos Institutos Federais (IFs) em greve.

Na rodada de 62 assembleias das seções sindicais do ANDES-SN realizada na semana passada, a maioria deliberou pelo encerramento da greve e pela assinatura dos acordos com o governo federal. Foram esses resultados das decisões tomadas nas bases das universidades e institutos federais que fundamentaram a decisão do Comando Nacional de Greve que a assembleia da ADUFSCar referendou.

Informe sobre TAEs 
De acordo com a avaliação da Diretoria da ADUFSCar, uma das conquistas mais significativas do movimento de greve foi a construção de uma luta unitária entre docentes, TAEs e estudantes.

Representando o SINTUFSCar, Doni Silva ressaltou que a situação das/dos TAEs é muito próxima à das/dos docentes: “Houve uma reunião da FASUBRA em Brasília com relação a realizar ou não a assinatura de negociação. O governo nos chamou para negociar, mas não nos enviou ainda a minuta do documento. Ainda estamos discutindo nas bases com relação a isso, mas há o indicativo de que o acordo seja assinado”, disse. Em sua avaliação, a greve nacional da educação federal é vitoriosa: “Praticamente tivemos todas as universidades em greve, com exceção de duas delas que anteciparam a saída por suas questões locais. Evidentemente não dá para soltarmos rojões, comemorando que tivemos todas as conquistas que desejávamos, mas não dá para negar que tivemos ganhos significativos”, comentou Doni.

Debate
Para o vice-presidente da ADUFSCar, professor Marcos Soares, a greve nacional da educação federal foi uma experiência do que o Governo Federal tem sido até aqui, nesses dois anos de mandato: “Tivemos um reajuste menor do que outras categorias que não são e nunca foram aliadas desse governo. A nossa greve foi necessária, e felizmente a sociedade entendeu isso”. O docente destacou a importância do conjunto das categorias universitárias e do conjunto das universidades federais continuarem em diálogo para manter a mobilização em defesa da universidade pública e da democracia, e comentou sobre os discursos de desmoralização do governo com relação à greve nacional, criticando a postura intransigente que foi adotada durante o processo de negociação e reafirmando o importante papel cumprido pelo ANDES-SN, FASUBRA e SINASEFE na conquista de direitos e defesa do ensino superior. “A Proifes Federação assinou um documento rebaixado. Nós, por outro lado, organizamos a luta e tivemos um amplo processo de mobilização desde a base. Conseguimos avançar com a greve, conquistando vitórias para a nossa categoria e para o ensino público”, avaliou o vice-presidente da ADUFSCar.

Uma professora ressaltou a importância do diálogo com as/os estudantes de graduação e pós-graduação sobre o processo e as conquistas da greve: “Precisamos conversar sobre a greve, sobre os nossos ganhos e as nossas perdas. Essa conversa precisa ser estimulada e, a partir de uma sistematização feita pelo nosso sindicato e pelo comando de greve das três categorias. Isso é um papel político que deve ser feito por nós”.

Nessa mesma direção, docentes destacaram a necessidade de superar o desafio do distanciamento da universidade com relação à sociedade civil e de manter a mobilização em torno dos direitos da categoria, em específico, e da democracia e da educação, de modo geral. Um deles comentou: “Precisamos nos mobilizar para construir uma visão da necessidade da universidade pública. Além disso, precisamos pensar sobre a continuidade da nossa mobilização”.

Dentre as análises das/os presentes, também aparecem falas no sentido de que o movimento “teve ganhos, que foram menores do que a categoria gostaria”, e que “algumas pautas e objetivos não foram atendidos”. “Acho que fomos vitoriosos em nossa greve. Em 40 anos, nunca vi uma greve tão forte, envolvendo tantas universidades”, opinou um professor. Outro docente acrescentou: “Tivemos uma greve vitoriosa, que colocou para a sociedade como um todo que a política econômica implementada por esse governo é fracassada. O novo arcabouço fiscal é o velho teto de gastos. Um governo desenvolvimentista não pode adotar um teto para o investimento público”.

Com relação às perdas ou insuficiências da negociação, também houve avaliação de que “as/os aposentadas/os saíram da greve sem nenhum ganho” e, por isso, “O movimento docente precisa se atentar à aposentadoria. O regime de aposentadoria sempre foi visto como um atrativo e não estamos nos debruçando sobre isso, que é uma necessidade urgente, da maneira com que deveríamos. Essa questão atinge todas/os nós”.

Deliberações da categoria 
No momento de deliberação, a maioria da categoria, em todos os campi, aprovou o encerramento da greve e o retorno das atividades para a próxima segunda-feira, 1º de julho. Diante disso, será encaminhado à Reitoria e aos demais comandos de greve um informe dos resultados desta Assembleia da ADUFSCar.

Além da deliberação relacionada à saída da greve, as/os docentes também aprovaram que sejam realizadas as tratativas para: 1) o envio de ofício ao Conselho de Graduação (CoG) solicitando assento para a ADUFSCar nas reuniões que tratem da reposição das atividades docentes e do calendário acadêmico; 2) a continuidade da mesa de negociação das entidades de categoria da UFSCar junto à Reitoria até o final do ano, para que haja acompanhamento das pautas e das reivindicações, sobretudo com relação às/aos estudantes; 3) a realização de reunião aberta do GT de Mobilização da ADUFSCar para avaliação da greve, seus impactos e perspectivas para seguir na luta.

GT de mobilização
O Grupo de Trabalho (GT) de Mobilização da ADUFSCar convocará em breve uma reunião para avaliação do processo da greve docente e discussão da criação de ferramentas para a continuidade da mobilização da categoria docente e do conjunto da comunidade universitária, refletindo formas de diálogo com a sociedade civil. Houve a proposta, durante a Assembleia Geral, de que o GT inicie o debate sobre as diferentes formas de participação e mobilização política, e que, além disso, crie um documento adaptável, em formato de powerpoint, para dialogar com a comunidade discente sobre os objetivos, conquistas e limitações da greve nacional da educação federal.

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