Na semana passada, a ADUFSCar aceitou o convite para integrar a Frente Paulista em Defesa dos Serviços Públicos, coletivo composto por mais de 90 entidades representativas das/os servidora/es públicas/os de São Paulo, Associações, Sindicatos, Federações, Confederações, Centrais Sindicais e Movimentos Sociais. O convite surgiu durante o Encontro da Regional SP do ANDES-SN, realizado em 11 de novembro, e que contou com a presença de representantes da Adunifesp, Adusp, Adunesp, Adunicamp e ADUFSCar.
O vice-presidente da ADUFSCar, prof. Marcos Soares, será o representante da entidade na Frente. O objetivo é somar-se ao debate em torno dos temas que interessam ao conjunto das categorias e à população, em especial ao combate às privatizações, à reforma administrativa (em SP e em âmbito federal) e à declarada intenção do governador Tarcísio de Freitas de reduzir os investimentos constitucionais em educação, entre outros ataques que levam à precarização de direitos do funcionalismo e ao desmantelamento dos serviços públicos no estado.
Neste mês, as entidades representativas estão se organizando para a mobilização contra três projetos enviados pelo governador à Assembleia Legislativa (Alesp), todos danosos para a sociedade, para os serviços públicos e para as servidoras e os servidores. De uma só vez, em 17 de outubro, o governador Tarcísio de Freitas enviou à Alesp:
– A proposta de emenda constitucional (PEC) 9/2023, que pretende alterar a Constituição paulista e reduzir os investimentos públicos em educação de 30% para 25% do orçamento estadual. De acordo com os valores de hoje, isso corresponde a até R$ 10 bilhões por ano a menos para a educação;
– O projeto de lei (PL) 1.501/2023, que privatiza a Sabesp. A empresa que fornece água a cerca de 28,4 milhões de clientes em 375 cidades paulistas está na mira do capital privado, que deseja abocanhar a parte que ainda pertence ao governo paulista (50,3%);
– O projeto de lei complementar (PLC) 138/2023, que inicia a reforma administrativa no Estado, começando com os cargos comissionados e de confiança. A pretexto de enxugar o total destes cargos, esta primeira parte da reforma é, na verdade, um balão de ensaio para as medidas que o governo quer impor ao conjunto do funcionalismo paulista. A proposta é implantar a remuneração por “subsídio”, acabando com os direitos que o governador classifica de “penduricalhos”, como os quinquênios, sextas-parte e outros, abrindo caminho para a revisão do ingresso por concurso público e da estabilidade, além de precarizar o trabalho.
O dia 28 de novembro vai marcar a paralisação de algumas categorias do serviço público estadual e haverá manifestação na Alesp, a partir das 15 horas.
Essa data também compõe o calendário de lutas do Fonasefe e será mais um Dia Nacional de Luta em Defesa da Recomposição Salarial de servidoras/es federais.
99% são contra a privatização da Sabesp, do Metrô e da CPTM
A sede da ADUFSCar no campus São Carlos foi um dos pontos de coleta de votos para o plebiscito contra as privatizações das empresas públicas Sabesp, Metrô e CPTM. A ação foi uma maneira que trabalhadores desses segmentos encontraran para dialogar com a população sobre os prejuízos que a privatização desses serviços pode acarretar.
A votação aconteceu durante dois meses, de 5 de setembro a 5 de novembro e foram totalizados 879.431 votos em todo Estado. A ampla maioria, 99,975% das pessoas que votaram, afirmaram ser contra a privatização do saneamento e dos transportes no Estado de São Paulo. Os dados foram entregues oficialmente ontem (21), à presidência de comissões da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).