A partir do debate realizado nas assembleias das seções sindicais, o Comando Nacional de Greve do ANDES-SN (CNG) sistematizou uma contraproposta ao governo federal. O documento foi protocolado na manhã desta segunda-feira (27). A contraproposta, refletindo o acúmulo das assembleias de base, trabalha com proposições sobre reajuste, revogaço, aposentadoria, orçamento e carreira.
Em Assembleia Geral da ADUFSCar no dia 23 de maio, as/os docentes também discutiram e encaminharam ao CNG uma contraposta específica no que diz respeito à recomposição salarial, bem semelhante à proposta oficial protocolada pelo Comando Nacional de Greve, além de um conjunto de reivindicações. Importante destacar que, na contraproposta da ADUFSCar, a pedido de alguns professores, foi incorporada nas reivindicações do Revogaço, a Lei Nº 12.772/2012, para que volte a ser possível a manutenção do enquadramento funcional em caso de mudança de lotação entre IFES. Esse item foi adicionado ao documento do CNG.
Cobrança de manutenção de Mesa de Negociação com o MGI
Na quinta-feira (23), a Diretoria e o Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN encaminharam ofício ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) criticando os recentes ultimatos do governo federal para encerrar o processo de negociação com a categoria docente. Em mensagens às entidades do setor da Educação, o MGI reforçou que a reunião, convocada para a próxima segunda-feira (27), será somente para assinatura do Termo de Acordo, não abrindo margem para continuidade de negociação.
No mesmo dia, as/os docentes e demais servidores da Educação Federal distribuíram carta às/aos parlamentares, com atualização da conjuntura da greve e pedindo apoio para intercederem junto ao governo pela manutenção da mesa de negociação. Na carta, destacam que, apesar da disposição das servidoras e dos servidores da Educação em negociar, o governo vem apresentando propostas bem aquém do que pleiteado pelas categorias.
Em coletiva de imprensa sobre a greve da Educação Federal, realizada na sexta-feira (24), na sede do ANDES-SN, as entidades representativas das categorias paralisadas – ANDES-SN, Fasubra e Sinasefe – reforçaram, por meio de suas e seus representantes, o repúdio à condução do governo, que insiste que a reunião da Mesa de Negociação será, apenas e exclusivamente, para a assinatura de Termo de Acordo. No entanto, os sindicatos sequer receberam a minuta do termo para debater em assembleias de base.
O consenso, evidenciado nas falas de todas as entidades, é o de que, se o dia 27 de maio for apenas uma solenidade de assinatura do termo de acordo, será configurada interrupção unilateral do processo democrático de negociação por parte do governo federal. “Isso mostra o descaso, o desrespeito ao processo negocial e o que é a interdição para construir uma farsa”, externou Gustavo Seferian, presidente do ANDES-SN.
Seferian lembrou que a greve tem mais de 74% de aprovação na sociedade e a força da mobilização vai mostrando as enormes contradições em que o governo federal hoje se coloca.
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