Setor das Ifes do ANDES-SN deflagra greve docente a partir do dia 15 de abril
O Setor das Instituições Federais de Ensino do ANDES-SN encaminhou ontem (10), pela deflagração de greve docente federal a partir de 15 de abril. A categoria reivindica reajuste salarial, reestruturação da carreira, recomposição e ampliação do orçamento das instituições federais de ensino, revogação de medidas que atacam servidores/as e serviços públicos, bem como o fim da contribuição previdenciária para aposentadas/os.
A decisão foi aprovada por 22 votos favoráveis, 7 contrários e 5 abstenções. Neste mesmo dia, será instalado o Comando Nacional de Greve (CNG) na capital federal, composto por um representante de cada seção sindical em greve.
O calendário definido pelo Setor aponta a realização de uma semana de atividades locais nas instituições entre 22 e 26 de abril. O Setor das Ifes também aprovou a participação na Jornada de Luta “0% de reajuste não dá!”, convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), nos dias 16, 17 e 18 de abril.
Mobilização e Assembleias da ADUFSCar
A decisão tomada pelo ANDES-SN precisa ser referendada em cada uma das Seções Sindicais do país. NA ADUFSCar, AS/OS DOCENTES ENCAMINHARAM NA ASSEMBLEIA GERAL DE 27 DE MARÇO NÃO PARALISAR E NEM FAZER GREVE NESTE MOMENTO. Estamos mobilizados, realizando diferentes atividades na perspectiva da construção da greve e o calendário de lutas aprovado nesta AG será mantido. Reiteramos que a ADUFSCar como Seção Sindical tem autonomia para decidir se adere ou não ao movimento, o que significa que, embora o Sindicato Nacional tenha decidido pelo início da greve em 15 de abril, AQUI NA UFSCAR E NO INSTITUTO FEDERAL CAMPUS SÃO CARLOS TEREMOS AUTONOMIA “SE” E “QUANDO” ADERIMOS À GREVE.
Fique atento à agenda de atividades da ADUFSCar e participe das assembleias. Quem vai decidir é a categoria! Nossa primeira atividade será a Reunião do Comitê de Mobilização, na próxima terça-feira (16), às 15 horas. Essa atividade será virtual e o link será enviado no dia da reunião.
Foco em benefícios e sem % em 2024: proposta do governo não avança
Com foco em benefícios (a mesma proposta apresentada no final do ano passado), a serem pagos a partir de maio deste ano, e sem reajuste para 2024, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) apresentou na tarde de ontem (10), durante a 8ª reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), a proposta do governo ao conjunto do funcionalismo que será remetida a assembleias em todo o Brasil.
O governo manteve a proposta de Auxílio-alimentação passando de R$ 658 para R$ 1000; a Assistência Pré-escolar de R$ 321 para R$ 484,90 e o valor per capita da Saúde Suplementar reajustado em 51%. Anunciou ainda que vai desistir de reajuste nominal, mas tratará de recomposição salarial e reestruturação com cada carreira, prometendo abrir as 60 mesas faltantes e finalizar todas até julho de 2024.
Nessa nova proposta, também deixa de lado os índices de 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026 e se compromete a instalar as mesas temporárias e específicas que ainda estão pendentes até julho deste ano. Representantes do MGI apresentaram ainda um Termo de “Compromisso” da Campanha Salarial de 2024, com uma cláusula que inibiria movimentos grevistas e de mobilização durante as negociações, porém, após questionamentos da bancada sindical, a clausula terminou sendo retirada.